Monday, December 18, 2006

Veterinário

A Laica voltava pra casa sempre feliz e cheirosa do veterinário. Doutor Fábio tratava muito bem dela e sempre achava alguma doencinha que tinha que ser tratada. Nós somos muito ocupados e deixávamos a Laica de manhã no veterinário e buscávamos apenas de noite, depois de pegar as crianças na creche. E a Laica saía limpa e saltitante. Ela é imensa, Fila marrom caramelo, mas saía pulando como um filhote. Bom, depois do natal nós iríamos viajar e não tinhamos onde deixar a Laica. Falei isso pro doutor Fábio e ele insistiu muito para que deixássemos a Laica ali na clínica dele. Eu falei que não poderíamos pagar a diária da clínica, mas ele disse que não precisava, que ele gostava muito dela. Eu já estava quase concordando quando percebi a ereção do doutor... Acredita, nisso Odete? Esse sem-vergonha queria comer a Laica!! Agora ela fica lá em casa triste da vida pelos cantos, tá com as orelhas todas cheias de fungo mas eu não levo ela no doutor Fábio nunca mais!!
- Pior é seu marido, que come você, sua cretina!

Thursday, December 14, 2006

Andy Warhol

15 minutos de fama são os 15 minutos em que se pode dormir depois do almoço.

Saturday, December 09, 2006

Colher espinafre para o popeye

Colhendo espinafre

Não é fácil cozinhar espinafre. Nem comer. Nem lavar. Espinafre é uma verdura complicada. É difícil gostar dele. Mesmo assim, alguns gostam. E a sua cor é de um verde muito bonito. E as folhas tem uma textura única. Com bastante alho, fica bom. Mas não rende muito na panela, encolhe, murcha... E as crianças costumam recusar. Seu nome é isolado, radical. Espinafre. Espinafre não é rei. Seria no máximo um conde. Mas está aí. Existe. Morno.

Tuesday, November 28, 2006

No calor da hora

Os milhos conversavam animadamente dentro da panela. Estavam sentindo um grande calor e logo explodiriam e virariam pipocas. Era o assunto comum de todos. Todos sabiam de seu destino e iam para ele com alegria e satisfação. E dançando! Grande festa no óleo fervendo, quem será o primeiro a estourar? Alguns, no canto, se recusavam... eles ficariam duros mesmo, nunca deixariam que o calor os excitasse a ponto de explodirem. Amuados, olhavam para a tampa da panela, céu metálico, que os prendia na festa. Mas nunca, nunca se deixariam contaminar pela alegria da multidão. Orgia de noivas! Explosão de sabor! Menos eles, os piruás. Rebelados, manteriam suas capas douradas e não seriam comidos, a não ser por azar. Seriam lixo antes de ser cocô.

Saturday, November 25, 2006

Haikai do gato

Haikai

Chega de escrever haikai que tá enchendo o saco

Thursday, November 23, 2006

Ajudar os drogados

Para ajudar um amigo quando ele se perde nas drogas, tem que ter muita disposição. Tem que enfrentar muitos problemas, passar por perigos. Se a droga dele acaba, tem que ir na boca mais próxima buscar. Se ele está com manchas pelo corpo, tem que recomendar uma maquiagem adequada. Se o cheiro de maconha infecta seus cabelos, recomendar um xampu barato e eficaz. Se este amigo tem olheiras, um belo óculos escuro será um presente inesquecível. Se o corpo coça, seu braço está quase caindo de tanta picada no mesmo lugar infecto, apresenta-lhe uma bela peça de moletom de mangas compridas. Se os cabelos caem, boné de seu time preferido. E sempre, dentro do pacote do presente, mais uma dosezinha.
Avise se houver resíduos de pó no nariz do amigo. Se ele estiver se mordendo muito. Se a mãe, pai, qualquer um estiver o perturbando por causa do vício, aconselha-o fugir, sumir do convívio das pessoas que não o entendem. É difícil ajudar um amigo viciado.

Wednesday, November 22, 2006

Sequencinha Erótica

A noite quente
no lençol deste motel
é suor e sêmen

Essa maluca
Viciada em caralho
Chupa muito bem

Beijo seus peitos
Cheiro sua barriga
Farfalho no queixo

...

Saturday, November 18, 2006

Coisas que eu crio


Crio um gato... meio contra minha vontade... E criei essa luminária com um manequim velho. Os leds acendem também.

Tuesday, November 14, 2006

Saturday, November 11, 2006

Vela

Vela, castor empalhado, larva, pote vazio, estetoscópio, bola de tênis e folhas de abre-caminho. Essa macumba não falha.

Véia podre

Quase decolando

Tuesday, October 17, 2006

Um estrondo e...

Um barulho e o avião começa a cair... A mulher da frente levanta e tenta pegar seus pertences no guarda-mala. Uma criança começa a chorar porque seu carrinho foi parar lá na frente... A aeromoça decide servir bebidas fortes para acalmar os passageiros. Do meu lado, um magrelo diz: odeio chegar atrasado... E dá um tapão no cara da frente, que lhe grita: Você que quis pegar esse vôo! E começam a discutir. Uma asa cai e as máscaras de oxigênio vêm abaixo. - Isso é muito embaraçoso, diz a aeromoça, e me dá um beijo na boca. Meus peitos começam a doer e meu namorado tenta enfiar o dedo no cu da aeromoça, que sai correndo entusiasmada. A gravidade já não existe e as aeromoças exibem minúsculas calcinhas entre suas pernas deliciosas. Coradas, tentam formar um coral e cantam a música da companhia aérea. Minha menstruação desce e vou ao banheiro colocar um moddess. Mas ele está ocupado. Vejo que a parte de trás do avião já não existe. Meu batom está seco em meus läbios... O céu está muito bonito. É verão.

Wednesday, September 20, 2006

Simulado

Na ponte havia um homem encostado no parapeito. Ao passar a velhinha de bengala, a persegue por alguns passos, toma-lhe a bolsa e sai correndo. Era apenas um treino. Na outra semana, encostado ao parapeito, vê passar um senhor com uma bolsa debaixo do braço. O persegue por alguns passos, toma-lhe a bolsa e sai correndo. Ouve o homem gritar e ameaçar uma perseguição. Mas sai ileso e confere sua prenda assim que desce o viaduto: um notebook Dell, que, ao ser aberto, explode e leva sua mão junto.
Ajoelhado gritando de dor, vê o antigo dono do aparelho se aproximar. Entendendo que, a mão perdida poderia ser a sua, o roubado lhe dá um chute no queixo mas não chama a polícia.

Thursday, September 14, 2006

Dentes de Togo

Dentes de Togo

Agora essa tela é do acervo de Rafael Spoladore

Wednesday, August 30, 2006

Circular

No ponto de ônibus um homem todo de preto pergunta pra senhora: Aqui passa o circular, dona? No que ela responde: Aqui, não. Só passa o retangular... - e um garotinho próximo aponta para o céu, perto do canto do sobrado, e diz: O circular passa ali - no que, um disco voador passa ali bem naquela hora. O homem de preto faz cara de decepção sofrida ao ver aquilo.

Friday, August 18, 2006

Áreas

Eles me pagam... Nunca invadi o território deles e os desgraçados vieram em bando. Agora estou aqui na beira da calçada, só esperando pra ver o que acontece. Não consigo me levantar, meu focinho está salpicado de sangue e perdi uns dentes. Botei eles pra correr, mas fiquei bem abatido. Estou velho. Talvez seja melhor fazer igual ao Bob, que sorri pra todo mundo, ganha a comida dele e deixa qualquer um passear na área dele... Aqui eu só tenho problema com os cachorros da praça, na frente do teatro. Um bando de cachorro sujo que já atacou até as crianças da praça. Ficam andando com vagabundo e aprendem a ser folgados... Aqui eu só corria atrás de carro, só pra mostrar que eu existia. Latia um pouco, ganhava meus restos no bar do carlinhos e dormia na ilha, nada de mais, não perturbava ninguém. Mas aqueles filhos da puta queriam brigar, vieram aqui e agora sou um monte de osso estragado no canto da calçada. O carlinhos me trouxe uma bacia de leite. Ele é legal. O Bob passa, me vê e vem falar. Fica triste, senta do meu lado um tempo mas logo volta pra área dele. Ele sabe o que vai acontecer. Eu também. Eu devia ter ficado na área dele, mas achava que ia ficar afrescalhado igual o Bob ou virar pastel. Nunca soube se essa história aconteceu alguma vez, mas que uns 2 camaradas meus sumiram na noite naquela área... isso é verdade.

Bom, enfim, chega o caminhãozinho. Foi uma mulher que ouviu a briga de noite e chamou. Me pegam com um laço e me jogam pra dentro. Agora eu sei que nunca mais vou ver o Bob nem a rua nem os cachorros da rua de cima.

Tuesday, August 08, 2006

Azulejos

Quis chegar um tempão antes para ver quem chegava antes dos outros. A loja estava ali quieta e domingo não costumava acontecer nada, nem abria, mas o pessoal do centro disse que ia aparecer o belzebú ali dentro daquela loja. Eu sempre acreditei em tudo que a mãe Camoema falava, e minha curiosidade não deixou eu ficar longe da loja. Acontece que ela falou que isso ia ser na parte da manhã, mas já eram quase 11 horas e agora eu comecei a perder minha esperança de ver o satanás. Também, que besta, para que ver aquilo? Que coisa boa lúcifer poderia me trazer?
A porta da loja começa a se abrir às 11:30 deixando sair muita fumaça. Um ser de cabeça de bode e terno de lantejoulas sai de lá com um microfone na mão anunciando o único, o inominável, o diabooo!! E algumas pessoas que estavam passando na rua resolvem parar para ver. E do meio da fumaça, com várias luzes brincando na sua passagem, sai o próprio demo. Um terno impecável, andar malandro, seu rosto era como o de um búfalo. Começa a cantar. O ritmo é alucinante e sua banda, dentro da loja, ataca um naipe de metais que arrepiava os ossos. Não dava pra ficar parado. A rua inteira dançava. De sua boca, palavras que ninguém entendia, mas que soavam familiares, como se já tivessem sido pronunciadas antes de nascermos. E o pessoal foi andando, dançando. A mulherada exibia suas tetas. Um piano agulhava cada nervo dentro do ouvido. O coisa-ruim tinha um balanço incrível. Aos poucos fomos entrando todos na loja. Fui o último a entrar, depois a porta fechou, eles sumiram e assim que viemos parar aqui dentro, seu guarda.
- Tá bom. Agora vem com a gente contar isso na delegacia.

Monday, July 31, 2006

Povo redondo

E quando vimos aquela ilha, nadamos logo para lá. Fazia umas 3 horas que estávamos no mar depois que nosso iate foi a pique e eu lembrava de ter visto aquela ilha na ida, antes de começar a sentir os soluços do barquinho. O último soluço foi mais um arroto e o motor parou e quando desci pra ver o que era, o interior já tava cheio de água. Vesti logo meu colete, coloquei o outro na minha esposa (isso deu mais trabalho por ela ser uma girafa) e nos atiramos à água, que já invadia o convés. Apesar de ser uma girafa, Yara nadava muito bem e cheguei a montar em seu pescoço nos momentos de grande cansaço. Ela em momento algum se desesperou e foi realmente ela quem primeiro avistou a ilha. Muito obrigado por nos salvar. Como é seu nome?
- Béééé!!
- Certo. Então até mais! Você tem e-mail? Vou te adicionar no meu orkut, OK?

Thursday, July 13, 2006

O Rei

O Rei daquele país era muito gordo. Um negão imenso, gordo porque a cozinheira real era a melhor do mundo. Não tinha como sair de um jantar sem entupir o estômago das mais deliciosas iguarias.
Esse rei tinha um único filho, muito feio e também gordo, pelo mesmo motivo que o pai. E era um rei já idoso, que logo teria que passar o reino ao filho. Mas isso deveria acontecer, segundo as regras do país, apenas se o filho estivesse casado. Mas com tamanha feiúra...
O conselheiro real disse que as moças do reino gostariam de seu filho se ele aprendesse a cozinhar tão bem quanto a cozinheira real. E o rei pediu para que ela lhe ensinasse.
A cozinheira, quase tão gostosa quando seus quitutes, gostou da idéia. Mas pediu que o garoto ficasse trancafiado com ela na cozinha por 6 meses para que ela lhe ensinasse as manhas. Acontece que essa cozinheira sonhava há muito ser a nova rainha. E essa era sua chance... mas casar com um rapaz de tamanha feiúra era-lhe muito pesado.
Essa cozinheira teve uma idéia e logo a pôs em prática. Diariamente ensinava ao garoto receitas de doces muito bons. Suas panelas sempre ferviam e soltavam vapores que inundavam a cozinha. E ela foi juntando ingredientes que acabaram envolvendo o raparigo em uma fumaça mágica que o engolia e, depois de 6 meses sendo lambido pela fumaça de deliciosos doces, o garotão ficou sarado e apaixonado pela cozinheira.
Passaram-se os 6 meses, saíram da cozinha uma cozinheira deliciosa e feliz e um rapaz saradão e cozinheiro. O rei achou ruim e mandou matar os 2.

Monday, July 03, 2006


Depois de alcançar o velhinho, cutucou-o e, ao vê-lo virar sorrindo, perguntou: como pode um peixe vivo viver fora da água fria? O velho, desapontado, ciscou o chão e aspirou um pouco da fumaça esverdeada que a chaminé pública fornecia. Apresentou-lhe tal: moro em outra freguesia, sou punk da periferia. Os dois acenderam uma lâmpada em casa. No outro dia, o pudim da padaria ficou murcho, mas manteve o sabor.

Friday, June 23, 2006

Juntar!

Zico olhava impaciente e nervoso para seu assistente. Quando engolia seco, aos 20 minutos do segundo tempo, seu time perdendo de 2 a 1, o assistente fitou seus olhos por um segundo antes de consentir com um sinal de cabeça. Calado. Assim, Zico mexeu em seu relógio, apertando o botão secreto. Nesse momento, 5 de seus jogadores estacaram no chão. Um zunido repentino se fez em seus ouvidos e eles, virando para o banco de reservas, socaram a palma da mão direita e gritaram: "Moshiri!". Correram todos para o meio-de-campo e se juntaram em um único jogador superforte e rápido. Ganharam o jogo por 38 a 3.

Tuesday, June 20, 2006

Monday, June 12, 2006

O corpo

Era um rapaz esquisito. Meio torto, talvez com problemas ósseos. Andava como um neandertal. Mas fazia sucesso com as mulheres. Elas pareciam gostar de seu corpo cavernoso.

Tuesday, June 06, 2006

Vingança

Todos os dias se cruzava, pela manhã, com aquela senhora malcuidada, velha que a família não aguenta, com cara de nojo. Ela atravessava o terreno na frente do circo para comprar leite. E ela andava falando com seu cachorro, que ia sempre indiferente, na frente, com suas patas protegidas por sapatinhos. Era um desses cachorros que nem se sabe a raça, pequenos e felpudos, com latido estridente... Enfim, a mulher perguntava coisas idiotas ao cachorro. Coisas que iam na cabeça dela: "Viu que rua enorme? Você vai cansar, né? Olha quanto bêbado... esse lugar está fedendo, você tá com nojo né? Você tá com fome, eu sei...". Na verdade, ela colocava o que gostaria que o cachorro dissesse a ela. Um dia, um ventríloquo apareceu do circo e respondeu pelo cachorro: "Escuta, isso é o que VOCÊ tá pensando. Eu não penso nada.". A voz era perfeita para um animalzinho enfezado. A mulher parou, e, como ela parou, o cãozinho olhou pra ela. Ela pisou violentamente no cachorro, que soltou suas entranhas pelo ânus. Jogou a correia por cima do corpo. O ventríloquo chorou muito aquele dia.

Tuesday, May 23, 2006

Ataques

Uma série de ataques violentos atingiu a cidade. Chamaram um cara pra lutar contra o crime. Era a única solução. Esse rapaz era um fortão que sabia alguma coisa de caratê e kung fu, mas que lutava de mãos limpas. Poderiam ter escolhido também uma mulher que lutava kung fu e capoeira ou um fortão que era meio lento, mas tinha uma porrada forte. Mas escolheram o primeiro, porque ele reunia boas características de velocidade e força. Como a luta seria difícil e, provavelmente o lutador perderia força durante ela, a prefeitura resolveu distribuir atrás das latas de lixo e cabines telefônicas algumas coisas que ajudariam o rapaz a cumprir sua tarefa. Dessa forma, de vez em quando, quando chutava alguma caixa ou lata de lixo, achava um frango assado, um chiclete ou alguma faca ou cano. De vez em quando achava também um rádio, um relógio... bom, ele pegava mesmo assim...

Sunday, May 21, 2006

Friday, May 19, 2006

Desandes

De cima do morro dava pra ver os navios chegando. Eram poucos, mas cada um devia carregar mais gente do que tinha ali na vila. E mais armas. E mais raiva. O povo daqui sempre fora pacífico, mas estavam dispostos a morrer por sua terra. Fomos avisados um mês atrás, e mesmo assim ninguém se esforçou muito pra fazer novas armas ou proteger melhor o lar. Todos acreditavam na sorte que sempre tiveram. Pois ela deveria se manifestar agora. Eu estava meio receoso, mas não muito. A sorte do nosso povo sempre fora mesmo tremenda; mas agora era questão de horas para os homens com lança-chamas e espingardas descerem na praia.
Barulho, a água se revolve e um golem gigantesco se levanta do mar. Maior que a montanha atrás da vila. De um pulo chega nos navios. Eles não têm tempo para reação, o golem pega cada vez um navio e o arremessa longe, uns 3 quilômetros. Ver aquilo ali de cima me deixou embasbacado. Como eu podia não acreditar na nossa sorte?
No outro dia a tempestade trazia restos de navios pra praia. Os cadáveres nunca foram encontrados, o que fez o povo da vila imaginar que o golem os comeu.

Monday, May 15, 2006

Candidato à vaga da manutenção


Chegou cedo. Esperou uns 17 minutos e foi chamado. Entrou na sala com um alicate na mão enquanto do seu lado esquerdo uma moça lhe fazia gracejos. A vaga era concorrida, mas ele estava muito tranquilo. Consertava pernas há já algum tempo e sempre obtivera sucesso. Após parafusadas no local novamente, funcionavam como novas. Mas a escassez de emprego fez com que houvessem mais obstáculos do que um simples teste. Puseram uma meretriz para lhe testar os testículos enquanto, logo atrás, criminosos fedidos lhe ameaçavam de estourar a cabeça. Nada, porém lhe abalava. Terminou de ajustar o balancim, fechou a trava do parafuso allen e pronto. Depois de 20 dias lhe chamaram para o emprego. Tchuns.

Thursday, May 11, 2006

De cima do prédio

O vento estava muito forte até no chão. Ainda mais forte ali no topo do prédio. Mais ainda, no topo do guindaste do topo do prédio. E o pedreiro subia o último lance de escada pra chegar na cabine do guindaste, quando desequilibrou e começou a cair. Ia caindo, caindo, o vento foi levando ele longe. Começou a cair mais horizontalmente que verticalmente. Caia, caia sempre pro lado. Ficou caindo até chegar na praia, que era uns 100km longe do prédio onde ele trabalhava. Aí caiu no meio do mar, não sofreu nenhum arranhão. Pena que não sabia nadar. Ia contar a história melhor que eu.

Monday, May 08, 2006

A causa do homossexualismo

Uma pesquisa recente de uma importante universidade de um país importante apontou para um resultado impressionante: o homossexualismo masculino é causado por uma química que acontece quando determinada substância penetra no ânus do ser humano de sexo masculino. Essa substância é exatamente encontrada na cola que une o final do papel-higiênico ao rolo de papelão. Por isso, para evitar o homossexualismo, evite usar o papel-higiênico até o final. Ou use um paninho umedecido.

Friday, May 05, 2006

No ônibus

Entrei no ônibus e sentei no banco. No próximo ponto entrou um velho fedido, passou a catraca cumprimentando o cobrador e sentou do meu lado. Olhou pra mim e disse: Olha, menino, que sorte. Vou te dar agora a explicação de onde está guardada toda a minha grana da vida inteira!
Fiquei muito feliz com tamanha espontaneidade. Quanto será que tinha? E ele me deu um papel dobrado (com durex nas dobras, de tão antigo). Aí levantou, desceu no próximo ponto e caiu morto. O ônibus seguiu seu caminho. Abri o papel e lá estava escrito: Otário!

Thursday, May 04, 2006

Restart

Eu tinha um blog, mas ele me trouxe muitos problemas. Geralmente, falar tudo o que se pensa e sente traz problemas. Então tem que esbarrar nos cúmulos e parar para não perder a liberdade... hummmm... Bem-vindos.