Friday, April 30, 2010

A Grande Perca - Montante Final

Depois de perder dois dos três pacotes de dinheiro que tinha, qualquer um ficaria enlouquecido. Era uma grana absurda que tinha se ido pelos caminhos mais bestas. Não era suportável para um homem tal lembrança. Será que ele estava macumbado? Seria tudo conspiração para o derrubar? Pensamentos miseráveis lhe cutucavam e havia ainda um pacote de dinheiro a ser transportado. Esse pacote teria que chegar! Então decidiu transportá-lo do jeito mais cretino possível - já que seus jeitos engenhosos não lograram êxito. Desenhou um cifrão grande em um saquinho de algodão cru, jogou todo o dinheiro lá dentro e saiu correndo. Algumas notas até caíam do saquinho na irracionalidade de sua movimentação amalucada.
Logo na frente de seu local de trabalho tinha um táxi parado com a janela de trás aberta. Saiu correndo em direção ao táxi. Desviou de umas 3 pessoas que tentaram falar com ele e deu um salto se enfiando de cabeça no táxi enquanto gritava - "Vai, vai, vai!". O motorista arrancou cantando os pneus, mas ao dobrar a esquina bateu em um hidrante que estava no meio da rua - muita água esguichando da rua. O homem sai correndo do carro e entra em uma portinha que leva a uma escada escura. Sobe ofegante uns 4 lances, arromba uma porta e penetra uma residência onde uma menininha chorava depois de ter derramado toda sua groselha. Ele procura uma janela e tenta se jogar dela, mas havia redes de proteção por todo apartamento - moradia onde tem criança, geralmente tem isso mesmo. A garotinha lhe grita: rápido, pela porta do fim do corredor! No que o homem sai correndo com seu saquinho de notas à mão. No caminho para a porta sugerida pela menina havia um gordão grisalho; mas ele é derrubado com uma voadora caindo na porta e a tampando. Decidido a correr a qualquer custo, toma a porta da direita. Essa, sim, leva a uma área comum do prédio, toda aberta, por onde se podem ver telhados próximos em que ele pula e corre de um em um até enxergar um quintal com um cachorro marrom amarrado. O cachorro nem levanta quando o homem, de um pulo, cai ali com seu pacote e arrebenta a canela em uma torneira. Gritando muito, sai mancando ensanguentado e consegue abrir um portãozinho que leva à rua onde o mesmo táxi que ele havia tomado está parado e o acolhe. Entrando, ele grita de novo: -"Vai, vai, vai!" - no que o motorista arranca e vira a rua batendo em um camburão. O estrago no camburão nem foi grande, mas o desespero do homem o fez sair correndo com seu saquinho de dinheiro na direção de uma feira livre. Isso foi feito sob uma saraivada de balas. Uma o atinge bem na nuca, o que o faz jogar o saquinho para cima. Este, cai sobre uma laje e com as chuvas, vai se desfazendo os poucos. O homem fica tetraplégico, mas lembra exatamente onde o saquinho está.

A Grande Perca - Montante 2

O segundo dos 3 pacotes de dinheiro foi distribuído cuidadosamente em sua cueca. Com a perda do primeiro pacote, o homem estava muito abalado. Era uma quantia de dinheiro grande que havia esfarinhado em suas meias enquanto saltava alegremente pelos brejos a caçar rãs. Mas não se arrependeu tanto assim, foram muitas horas de bebedeira e caça. Dessa vez, teria mais cautela.
Com o montante em sua cueca, verificou que se sentia mais másculo. Um grande volume nas roupas de baixo de um homem lhe traz confiança. Uma sensação de virilidade lhe subiu pela espinha e ao sair de seu gabinete para ir para casa encontrou Sandrinha.
Sandrinha era uma mulher muito bonita, segura, ela sabia o que queria da vida. Poucos tentaram puxar algum papo com Sandrinha porque sua fama de devoradora de homens era conhecida por todo estado. Ela achou muito interessante a nova postura daquele homem que sempre lhe pareceu meio apagado, mas até que elegante. Se engataram em um papo longo, mas objetivo, que logo os levou a beber champanha e combinar para onde iam. Os dois decidiram, depois de embriagados, ir a um motel podrinho que tinha ali do lado para apagar o fogo que os consumia.
No outro dia, o homem amanheceu nu na cama e nem lembrava como fora parar ali. Procurou sua cueca e ao encontrá-la lhe atingiram as lembranças de uma noite absurda e a certeza de que fora surrupiado. Era o segundo pacote de dinheiro que perdia. Droga...

A Grande Perca - Montante 1

O primeiro dos 3 pacotes de dinheiro foi distribuído pelas duas meias do homem. Ele tinha canelas finas e sua calça social disfarçava bem o grande volume que se aglutinou ali. Mas não causava desconforto algum para caminhar e até lhe acrescentava falsos músculos às pernas. Beleza.
Quando saía de seu gabinete, já quase à porta do seu local de trabalho, um grupo de antigos amigos seus o encontra. Estavam já meio breacos:
- Vamos lá, cabeçudo, faz tempo que você não caça rã com a gente! É hoje! Tamos indo agora ali no brejo!
E não houve o que fizesse o grupo desistir. Na empolgação e bebedeira em que foi envolvido, se esquecera totalmente das notas em sua meia. E de tanto afundar os pés no pântano acabou por destruir todo o dinheiro que carregava.

A Grande Perca - Intro

Um homem ganhou uma quantia de dinheiro muito grande de forma ilícita. Mas todo mundo fazia no meio em que ele trabalhava, então não viu muito problema. Mas recebera em cédulas - muitas cédulas - e precisava transportá-las para algum lugar para que pudesse gastar, guardar ou fazer seja lá o que for que se faz com tanto dinheiro. Tinha muito medo desse transporte porque onde morava, por problemas de gestão ou falta de educação, de vez em quando havia algum ato criminoso e levavam os bens alheios - o que era um absurdo.
Para se precaver, decidira dividir o montante em 3 partes que iria transportar separadamente para sua casa. E aí começa sua aventura.

Lata de lixo mágica

De tanto apontar meus lápis minha lata de lixo ficou cheia de lascas de madeira. Tal acontecimento me chateia, pois a cada vez que preciso esvaziar a lixeira tenho que atravessar todo o corredor de onde me vigiam as pessoas mais deploráveis que conheço. E todos eles querem que eu venha a falecer durante o trajeto mesmo. Mas não podia ficar com a lixeira daquele jeito e resolvi encarar o corredor. Já nos primeiros passos, Kathleen começou a me atirar flechas pontiagudas envenenadas com stricnina. Ela tinha uma pontaria muito ruim, mas três ou quatro flechas me acertaram no peito. Pedi a ela que parasse com aquilo e sua resposta foi uma risada xoxa e molenga que me encheu de raiva. Então peguei minha lixeira com as duas mãos e joguei tudo bem na frente da porta dela. Aquilo a fez transbordar de raiva a um ponto que suas mãos trêmulas já nem conseguiam mais separar as flechas. Me aproximei dela e lasquei um beijo bem gostoso em sua boca. O resto do pessoal do corredor viu e começou a debochar de Kathleen, que de raivosa passou a envergonhada com nosso vaivem gostoso que se iniciava ao som de um forrozinho que entrava pela janela da rua. Ela até que era bonita quando não estava enraivecida, e eu aproveitei a ocasião pra sentir se tinha clima para chamá-la pra festa do dia das mães no colégio do meu filho. Não era o caso... resolvi voltar pra minha saleta da ponta do corredor. Carregava no peito a sensação de bem-estar de ter o dever cumprido e ainda tinha tirado uma casquinha da Kathleen.

As bombas da praça da Sé

No sábado acordei com um estrondo terrível. Meu namorado abriu a janela com uma testada (o que lhe causou um talho em forma de V) e berrou para corrermos para as montanhas. Meus seios estavam doendo, eu iria menstruar no outro dia, e por isso queria vestir ao menos meu sutiã. Mas ele não deixou. Fiquei envergonhada ao pular pela janela e correr arrastada por ele na direção da rua. Mas logo minha vergonha passou e me vi cercada de pessoas que, também surpreendidas pelo estrondo, corriam para as montanhas na condição em que estavam. Um tinha a bunda suja. Outro levava uma camisinha ainda agarrada a seu membro flácido. Quase todos tinham remelas nos olhos. Seus cabelos desgrenhados e seus hálitos me enojavam. Mas era melhor correr mesmo; um estrondo assustador como aquele não devia ser coisa boa. Meu namorado tropeçou e, numa demonstração estranha de afeto, me mandou continuar correndo que ele iria me encontrar logo adiante. Eu quis esperá-lo, mas alguém apertou minha teta direita e logo ela estava esguichando um leite incontrolável que lavava a todos em volta. Todos riam muito, as montanhas estavam próximas. Olhando para trás de vez em quando conseguia ver uma grande coluna de fumaça preta, provavelmente originada pelo que causou o estrondo. Foi bom ter olhado para trás, pois vi que na verdade meu namorado estava é de conversinha com uma loura tosca. Fui lá pedir explicação e ele me apresentou Ofélia, sua avó. Continuamos a correr e chegamos à montanha, onde fomos recebidos com grande descaso devido ao nosso estado desleixado. O governo era muito elegante e me senti péssima ao ver que distribuiam uma roupa horrível a quem estava nu.
Teremos que ficar nas montanhas por alguns dias, até que a grande coluna de fumaça desapareça. Fiquei sabendo que o estrondo fora causado por uma bomba terrível lançada pelos homens de Orestes Quércia, mas que tinha sido sem querer e ele já tinha pedido desculpas. Meus seios pararam de doer ontem e espero ansiosamente pelo sinal que será dado para que possamos voltar para casa no trenó dourado que fora fretado especialmente para a ocasião.

Thursday, April 29, 2010

Fábula das formigas e da cegonha

Um grupo de formigas talentoso resolveu que ia morar em um formigueiro menos ignorante. Não era legal ficar ali, o clima era de rancor. Uma delas sugeriu que morassem com Iracema, a cegonha, do lado do pneu velho, a apenas 3 dias de caminhada. Mas a água que se acumulava no pneu velho a todo instante ameaçava despencar e cair na terra, fazendo com que o local ficasse impróprio para a vida. Decidiram, então, esperar chegar o inverno, quando então a água secaria e elas poderiam ficar mais tranquilas. Acontece que uma das formigas devia uma grana para a cegonha e não contou isso para as outras formigas. Essa cegonha era casca-grossa, não queria nem saber. Aliás, não sei por que umas formigas tão sensíveis escolheram um lugar tão podre para morar. Também nem deu tempo delas se mudarem porque uma galinha comeu 3 das 5 formigas que formavam o grupo e as que restaram eram meio casalzinho. Resolveram procriar e desistiram da ideia de sair do formigueiro - era melhor ter uma vida mais estável ficando por ali mesmo. Alguns dias depois descobriram que a galinha havia sido mandada pela cegonha, que achou que não ia ter sua grana de volta. Elas ficaram com tanta raiva da formiga que devia dinheiro e não contou para elas, que decidiram tomar a grana da família da formiga e entregar à cegonha. Mas a família da formiga devedora era muito gentil, apesar de ignorante. Formigas humildes, sem pretensões. Gente que dá raiva mesmo. Porque assim não dá, não se progride. Pra elas, qualquer coisa tá bom. No final das contas elas conseguiram o dinheiro, pagaram a cegonha e ficaram por ali mesmo, mas mandaram um macumbeiro matar a galinha - que era preta. O inverno já havia chegado...

Marrom-glacê

Um casal de idosos estava saboreando seu marrom-glacê na beira de um precipício muito alto. A polícia local os avistou e mandou uma patrulha ir avisar o casal da periculosidade de tal ato. Cheio de cuidados, o agente Tadeu falou em um tom de voz brando ao se aproximar (não queria os assustar): Tá tudo bem aí? Mas eles se assustaram e caíram. Durante a queda, sentiram muita emoção ao lembrar que aquela não era a primeira vez que eles caíam daquele mesmo precipício. Lembraram-se que logo após a operação de prepúcio, Confúcio, o senhor idoso, decidira levar Odair, sua esposa, para um piquenique erótico onde desfrutariam das iguarias mais afrodisíacas que conseguiram pesquisar na internet. É claro que num clima de total descontração e muito carinho, teriam que ver o sol se pondo na beira do precipício. Pois enquanto assistiam ao espetáculo da natureza um agente local que passava com seu veículo silencioso gritou: vocês estão loucos? No que se assustaram e caíram do precipício. Sorte que naquela ocasião, a fábrica de marrom-glacê era bem abaixo do precipício e eles acabaram se salvando por cair em uma grande tigela do tal doce. Mas a fábrica tinha se mudado há algum tempo para o país vizinho, desempregando inclusive o cozinheiro auxiliar, Tadeu, que mais tarde prestou concurso para trabalhar na polícia local e passou com honras.

Planta em prantos

Uma planta fazia a fotossíntese bem sossegada - fortes raios de sol atravessavam a vidraça do apartamento. Surge um gato e começa a mordiscá-la. A planta tenta gritar, mas não consegue. O gato só queria atormentar seu dono, que gostava daquela planta e estava lhe dando atenção demais em sua felina opinião. Pois a planta se enlaça no gato e o aperta até ele estourar, sujando tudo ao redor. Em pânico, o dono da planta, que também gostava do gato, fica estapafúrdio: desconhecia aquele poder de sua flora local. Senão já tinha mandado tudo embora. Ele não gostava de violência.
Abriu um livro de salmos e começou a ler para a planta. Esta, ao ouvir as mais belas histórias bíblicas, foi catando os pedaços do gato, juntando e colando tudo com seu visgo mágico. Ficou uma porcaria, era uma massa desforme de carne, pêlos, ossos e clorofila. Mas o dono da planta, do gato e do apartamento, tinha um olhar muito artístico praquele tipo de manifestação. Inscreveu a planta no concurso de performances da galeria Vermelho. Todos lá acharam muito interessante a proposta que dialogava com a contemporaneidade de forma violenta e original, então dispuseram um horário em sua grade de performances para que fosse feita a apresentação da planta. É claro que chegando lá, o público viu apenas um vaso com uma planta e um monte disforme de carne podre e não entendeu nada. Mas ninguém tecia comentários negativos, incensando assim a fama de lugar transgressor e iconoclasta da galeria.
Hoje em dia, o dono do apartamento se mudou pra Dallas e tenta cultivar plantas menos agressivas. Tem apenas um braço, pois o outro fora esmagado pela planta quando ela leu uma crítica negativa à performance no jornal Folha de São Paulo.

Viagem in-sólida

Um motorista de ônibus interestadual aproveitou que uma grande reta se desenhava à sua frente, largou tudo e foi dar um barro no banheiro do transporte. Lá chegando, percebeu que seus serviços por ali demorariam mais do que o previsto. Então, abriu uma fresta da porta e tentou chamar um passageiro para que este fizesse a curva logo mais à frente, daqui a uns 3 minutos. Mas percebeu que todos dormiam. Pegou então um rolo de papel higiênico e tacou na cara de uma senhora gorda que estava ali logo de cara com o banheiro. Ela resmungou um pouco, mas acordou meio brava:
"- Psiu, senhora. Daqui uns 3 km vai ter uma curva de 13° pra direita, entendeu? Tem as moral de ir lá na frente e rodar o volante pro ônibus fazer a curva? É que ainda vou demorar aqui, sabe...".
Prontamente a senhora começou a se aprontar para levantar. Ela era muito solícita. O motorista voltou a fechar a porta do lavabo e ela - se chamava Mirtes - se dirigiu à cabine. Mas a cabine estava trancada. Percebendo isso, Mirtes volta ao banheiro, bate na porta e fala: "motorista... ô motorista... a cabine tá trancada...". O motorista lembrou que a cabine se trancava por dentro ao ser fechada, a não ser que uma trava fosse acionada. Trava essa que ele esquecera de acionar. Nisso ele agradece Mirtes meio envergonhado, sai ainda levantando as calças e sem lavar as mãos do banheiro, vai à cabine e usa sua chave de motorista para abri-la. Chegou bem a tempo de fazer a pequena curva. Mas, por não ter lavado as mãos, o volante lhe escorrega. O ônibus penetra no estacionamento de um restaurante horrível e o motorista consegue parar o veículo. Meio assustados pelo tranco, os passageiros descem e comem alguma coisa - mesmo sendo avisador pelo motorista que aquele lugar não era confiável. Passam mal por todo o resto da viagem para Poloni.

Turma da Nêmica

"- Sou a Nêmica, sou a Nêmica..." surge uma menina magra, com rosto encovado, vestido vermelho, olheiras, coitada, meio cinzenta, num terreno baldio sujo... Lá, encontra um amiguinho com poucos cabelos - visivelmente está passando por um tratamento contra o câncer - dando nós na única orelha que restou de seu bicho de pelúcia: um coelho azul sem olho. O rosto de Nêmica é inexpressivo e ao chegar perto da cena, ouve o lamento de outro menino que está lá perto. Era o Sujão:
- Sabe, eu queria muito, um dia, poder tomar um banho. Está vendo esse meu machucado? Não cicatriza nunca... esse cheiro é porque acumulou pus na atadura e eu a joguei fora. Mas eu tenho um plano infalível para tomar um banho!
Nisso, a Nêmica desmaia. Sujão tira de seu bolso um resto de coxinha embolorado e tenta fazê-la engolir. Cancerzinho assiste a cena impassível. Após alguns minutos, Nêmica ressuscita e todos ficam felizes. Surge o Louco, um quase-adulto de cabelo rastafari louro, e lhes oferece um saquinho de cola para eles esquecerem as mazelas. O quadrinho final é todos cheirando cola sorridentes.

Pixadores do bem

É reconhecido que existe a necessidade da juventude se expressar de forma radical para dar vazão aos sentimentos que se acumulam com as novas descob.... foda-se. Agora a nova moda é ser um pixador do bem. Eles só passam seus sprays por cima de outras pixações usando as mesmas cores e tomando o máximo de cuidado para não saírem do contorno, sem prejudicar mais a arquitetura da cidade. Sua intençõe é a de preservar as pixações que andam desaparecendo devido ao descuido de seus artistas originais. 'Não podemos deixar que o vandalismo, essa forma de cultura jovem tão importante, desvaneça na implacabilidade que o desleixo acarreta' - me segredaram com rugas de preocupação nas testas rebeldes.
Mas o grupo não é coeso. Uma parte está aprontando todas fazendo suas artes nas ruas com pinturas a dedo e guache Faber Castel. A, como são levados, hein! Povo sapequinha!

Novo quadro do Faustão

Depois do grande sucesso da Dança dos Famosos, Fausto Silva e o excelente quadro de pensadores do Domingão decidiu implementar o quadro Vale-Tudo dos Famosos. Os artistas contratados da rede Globo terão uma semana para treinar com um especialista para depois enfrentarem alguns membros da famíla Grace. Para ficar mais divertido, não usarão luvas e lutarão até o knock-out. O primeiro cogitado para participar do quadro é o cantor Roberto Carlos, que já respondeu que vai destroçar no octagon. Agora é aguardar pra ver!