Monday, February 15, 2010

Assisti 'Avatar'


No carnaval 2010 aproveitei uma promoção que me fez assistir ao filme sensação do momento por R$4,50. Fui já pronto pra não gostar, mas a coisa foi ficando legal, o roteiro era bom, os tempos do filme estavam legais, e acabei gostando! Até que ele continuou... Pronto, acho melhor você parar de ler esse post aqui mesmo. O resto não interessa. Tem coisa que precisaria terminar no momento certo, a mensagem já foi passada, não precisa do resto - mas já que alguém se deu ao trabalho de desenvolver tecnologia, arranjar tempo e juntar recursos pra desenvolver um assunto, há um prolongamento desnecessário das histórias. O filme de que trato aqui, depois que mostra a destruição da casa da árvore do povo azul, podia acabar e pronto. Eu ia sair do cinema falando: poxa, que beleza de filme! Mas toda a munição gasta neste ataque acabou atingindo o roteiro e a fita vira qualquer coisa. O herói, o romance, a vingança, a vitória dos bons, tudo igual qualquer filme outro. Vocês não sabem que aquele metal que seria desenterrado do solo daquele planeta de merda seria matéria-prima para a única cura conhecida para o câncer da próstata? E que depois de expulsos os humanos do planeta, o povo azul sodomizou nosso querido herói e arrancou as pernas de seu avatar pra que ele aprendesse a não ser sacana de novo? Aquele dragão fudidão do herói é o símbolo de que o bróde pra ter conceito na quebrada precisa ter um carro grande. E deve ser uma delícia ser humano e catar uma mina azul daquelas gigantesca, nham - fico no aguardo da versão pornô do Avatar.
A maioria das pessoas que conheço que viram essa porcaria (fiquei com raiva, mesmo, dessa bobagem) foram em uma sala de cinema com tecnologia de exibição de imagens em simulação de terceira dimensão. E o filme explora bem as perspectivas estouradas. Mas pensar que a parte mais interessante de um filme é ele parecer saltar da tela é tentar elevar ao status de arte uma demonstração do emprego da tecnologia ótica. Eu queria ver "Dançando no escuro" numa sala 3dmax super 360 plus e chorar lágrimas em 6 dimensões. Entretenimento é um saco.