Tuesday, May 23, 2006

Ataques

Uma série de ataques violentos atingiu a cidade. Chamaram um cara pra lutar contra o crime. Era a única solução. Esse rapaz era um fortão que sabia alguma coisa de caratê e kung fu, mas que lutava de mãos limpas. Poderiam ter escolhido também uma mulher que lutava kung fu e capoeira ou um fortão que era meio lento, mas tinha uma porrada forte. Mas escolheram o primeiro, porque ele reunia boas características de velocidade e força. Como a luta seria difícil e, provavelmente o lutador perderia força durante ela, a prefeitura resolveu distribuir atrás das latas de lixo e cabines telefônicas algumas coisas que ajudariam o rapaz a cumprir sua tarefa. Dessa forma, de vez em quando, quando chutava alguma caixa ou lata de lixo, achava um frango assado, um chiclete ou alguma faca ou cano. De vez em quando achava também um rádio, um relógio... bom, ele pegava mesmo assim...

Sunday, May 21, 2006

Friday, May 19, 2006

Desandes

De cima do morro dava pra ver os navios chegando. Eram poucos, mas cada um devia carregar mais gente do que tinha ali na vila. E mais armas. E mais raiva. O povo daqui sempre fora pacífico, mas estavam dispostos a morrer por sua terra. Fomos avisados um mês atrás, e mesmo assim ninguém se esforçou muito pra fazer novas armas ou proteger melhor o lar. Todos acreditavam na sorte que sempre tiveram. Pois ela deveria se manifestar agora. Eu estava meio receoso, mas não muito. A sorte do nosso povo sempre fora mesmo tremenda; mas agora era questão de horas para os homens com lança-chamas e espingardas descerem na praia.
Barulho, a água se revolve e um golem gigantesco se levanta do mar. Maior que a montanha atrás da vila. De um pulo chega nos navios. Eles não têm tempo para reação, o golem pega cada vez um navio e o arremessa longe, uns 3 quilômetros. Ver aquilo ali de cima me deixou embasbacado. Como eu podia não acreditar na nossa sorte?
No outro dia a tempestade trazia restos de navios pra praia. Os cadáveres nunca foram encontrados, o que fez o povo da vila imaginar que o golem os comeu.

Monday, May 15, 2006

Candidato à vaga da manutenção


Chegou cedo. Esperou uns 17 minutos e foi chamado. Entrou na sala com um alicate na mão enquanto do seu lado esquerdo uma moça lhe fazia gracejos. A vaga era concorrida, mas ele estava muito tranquilo. Consertava pernas há já algum tempo e sempre obtivera sucesso. Após parafusadas no local novamente, funcionavam como novas. Mas a escassez de emprego fez com que houvessem mais obstáculos do que um simples teste. Puseram uma meretriz para lhe testar os testículos enquanto, logo atrás, criminosos fedidos lhe ameaçavam de estourar a cabeça. Nada, porém lhe abalava. Terminou de ajustar o balancim, fechou a trava do parafuso allen e pronto. Depois de 20 dias lhe chamaram para o emprego. Tchuns.

Thursday, May 11, 2006

De cima do prédio

O vento estava muito forte até no chão. Ainda mais forte ali no topo do prédio. Mais ainda, no topo do guindaste do topo do prédio. E o pedreiro subia o último lance de escada pra chegar na cabine do guindaste, quando desequilibrou e começou a cair. Ia caindo, caindo, o vento foi levando ele longe. Começou a cair mais horizontalmente que verticalmente. Caia, caia sempre pro lado. Ficou caindo até chegar na praia, que era uns 100km longe do prédio onde ele trabalhava. Aí caiu no meio do mar, não sofreu nenhum arranhão. Pena que não sabia nadar. Ia contar a história melhor que eu.

Monday, May 08, 2006

A causa do homossexualismo

Uma pesquisa recente de uma importante universidade de um país importante apontou para um resultado impressionante: o homossexualismo masculino é causado por uma química que acontece quando determinada substância penetra no ânus do ser humano de sexo masculino. Essa substância é exatamente encontrada na cola que une o final do papel-higiênico ao rolo de papelão. Por isso, para evitar o homossexualismo, evite usar o papel-higiênico até o final. Ou use um paninho umedecido.

Friday, May 05, 2006

No ônibus

Entrei no ônibus e sentei no banco. No próximo ponto entrou um velho fedido, passou a catraca cumprimentando o cobrador e sentou do meu lado. Olhou pra mim e disse: Olha, menino, que sorte. Vou te dar agora a explicação de onde está guardada toda a minha grana da vida inteira!
Fiquei muito feliz com tamanha espontaneidade. Quanto será que tinha? E ele me deu um papel dobrado (com durex nas dobras, de tão antigo). Aí levantou, desceu no próximo ponto e caiu morto. O ônibus seguiu seu caminho. Abri o papel e lá estava escrito: Otário!

Thursday, May 04, 2006

Restart

Eu tinha um blog, mas ele me trouxe muitos problemas. Geralmente, falar tudo o que se pensa e sente traz problemas. Então tem que esbarrar nos cúmulos e parar para não perder a liberdade... hummmm... Bem-vindos.