Sunday, November 18, 2007

A lobismulher ao contrário

Nina era uma cachorra fofa. Filhote de pastor alemão, nasceu sem mistura de raça. Era filhota de uma jovem muito bonita que cismou que queria ter um cãozinho. A Nina era tão fofa que, quando ela tinha o equivalente a 18 anos, sua dona lhe deu uma mordidona no pescoço quando ela voltou do veterinário de banho tomado e laçarote no pescoço. A partir deste dia, Nina nunca mais foi a mesma... fugiu de casa na primeira oportunidade e passou a viver na rua. Como a pessoa que a mordeu, tinha um apetite sexual insaciável. Saía com todos os cachorros, por mais vagabundos e fedorentos que fossem. Nunca emprenhava. O mais estranho é que, nas luas-cheias, a cachorrinha Nina se transformava numa mulher deliciosa. Gostosona mesmo, tetas duras, xana peludona, carnuda e de músculos saudáveis. Exalava o cheiro de cio pelo ar e atraía os humanos que estivessem se aventurando pelas ruas do bairro na madrugada. Ela os pegava com força extraordinária, enchia de beijos ardentes, arrancava a roupa com violência e chupava inteira a vítima - homem ou mulher - até extrair o prazer intenso de um orgasmo violento; do qual ela se alimentava. Aí ela ia embora com a escuridão da noite.
O movimento noturno naquele bairro aumentou muito quando os bêbados espalharam a notícia.

Por que não comer carne

Carne é bom e eu gosto. Não consigo ficar sem comer. Mas como o menos possível. Por quê? Porque faz mal pro mundo. Me importo pouco com os sentimentos dos animais. Sei que eles realmente sofrem pra morrer e nos dar esse prazer, mas não me importo muito com isso. Também pouco me importo se ela faz mal pra mim, se tem gordura, colesterol, etc. É muito bom se dar esse tratamento de carinho e mandar pra dentro uma picanha chamuscada. O problema é que para que essa carne chegue ao consumo, gasta-se um monte de água e espaço que o mundo não pode mais dispor. E as proteínas que a carne oferece são realmente necessárias para quem vai cobrir uma lage ou carregar pedras. Como esse não é o meu caso (e nem o da maioria dos leitores de blog) porque trabalho sentado o dia inteiro, acho que posso passar sem essas proteínas. Aliás, acho o argumento das proteínas bem caipira. Considero do mesmo grau de caipirice de quem compra um carrão gigantesco apenas para ir de casa ao trabalho. Então, pelo mesmo motivo que não deixo a torneira aberta enquanto escovo os dentes e levo as sacolas que vou usar no supermercado, reduzo o consumo de carne. Pra mim pode não ser bom, mas espero ajudar essa porcaria de humanidade; esse parasita escroto que vive comigo na Terra.