Friday, June 22, 2007

Em Xique-xique

Chique é morar em Xique-xique, onde os xiqueiros têm privadas e as pulgas têm empregadas.
Chique é morar em Marília, onde a vasilha é de ouro e a araponga não pia.
Chique é morar na Patagônia, onde o berço é ornado com a pena da cegonha.
Chique é a Ilha da Aventura, onde todos têm saúde mas nenhuma cultura!
Essa última frase foi de protesto, mas eu odeio política. Mas eu sou um ser político. Ser político é saber viver na pólis administrando sua raiva dos seres humanos. Mas eu ando com vontade de mudar daqui e fazer contato só pela internete e telefone... eu ando fazendo só isso mesmo. Esse blog não era pra ser assim pessoal. Não era pra ser assim, pessoal. Não era pra ser. Não deveria existir. Como farei contato com o índio? Que nem computador tem? Quem não tem nem um celular? Índio filho da puta!

Friday, June 15, 2007

Recomendo

No instituto Tomie Ohtake tem uma exposição dos modernos brasileiros que vale muito a pena ser vista. A geração do final de 80/anos 90 mostrou que o humor na arte contaminou geral. Também, a catarse gerada no momento da compreensão da piada é uma das maneiras mais simples de se fazer sentir a transformação da mente causada pela arte. Nuno Ramos com seu grande amontoado de lixo cheiroso, Leonilson com suas gracinhas de grafia forte, Beatriz Milhazes com seu pré-neo-grafite-na arte, Ernesto Neto (com um trabalho menor) são os destaques. Muito contrastada com a exposição de Antônio Manuel, no CCBB de São Paulo, que mostra todo o ranço de uma pessoa recém saída da ditadura militar. Desse, não gostei... o mais interessante achei a técnica do flan (que desconhecia) . Suas tiradas são datadas. Não tem mais o vigor da época, quando qualquer obra que gritasse por liberadade e criticasse o regime militar espantasse pelo menos pela ousadia. Mas é de graça. Ambas são.