Sidnéia estava em apuros. Estava sendo levada para um matinho pelo próprio Maníaco do Matinho. Em sua cidade, tal elemento estava agindo há meses sem que conseguissem identificá-lo. O número de vítimas aumentava, as mulheres temiam andar sozinhas pelas ruas, mas precisavam levar suas vidas em frente. Este assunto do maníaco já estava na boca do povo de Chorame - cidade rodeada de matinhos - que gostava de imaginar, entre cervejas, meios de punir tal calhorda ou especulava sobre sua identidade. Foi numa conversinha de boteco que na semana passada Sidnéia falou sobre o mesmo maníaco com Celsinho, seu primo bicha loca:
- Meu, aposto que esse cuzão, se encontrar uma mulher que queira dar pra ele, vai brochar e sair chorando!
E foi por causa dessas palavras que Sidnéia, quando teve a certeza de que não sairia dali ilesa, decidiu quebrar o terrível silêncio do matinho:
- Tá bom, tá bom. Sei que vai querer me comer, e tal, mas vê se faz a coisa direito então!
No que Sidnéia pensou que ia vir um tapão, um silêncio. Mas a velocidade da caminhada mudou para um jeito que só poderia indicar surpresa.
- É, porque pra mim a coisa tem que estar dura mesmo. Não vem com essa piroca mais ou menos que aí não dá, né. E tem mais, se for esses pintinho de moça, do tamanho de uma bananinha, meu, aí prefiro que me mate antes de me comer, entendeu?
Pararam. Novo silêncio. A mão que empunhava a faca encostada nela tremia. Sidnéia percebeu que seu plano estava dando certo. Se joga no chão.
- Vem, então! - e abaixa as calças com uma cara de tédio de quem tem uma grande experiência na coisa - vem logo que eu quero é rola, entendeu? Deixa eu ver essa rola dura, vai ficar de viadagem?
O Maníaco, com a mão tremendo, desabotoa sua calça e abaixa a cueca revelando um membro despreparado. Mesmo que não estivesse, Sidnéia soltaria o mesmo muxoxo:
- Xiiiii, essa coisinha aí não vai dar conta não, hein. Vamo lá, deixa essa rola dura! Quero é pinto grosso, caralho! - e gritando - Vamos! Deixa isso aí duro, filho da puta!
O maníaco soltou uns grunhidos tentando forçar a musculatura pélvica. Ele estava surpreso e desesperado. Seu membro só encolhia e as palavras de Sidnéia pesavam sobre ele:
- Olha, amigão, assim não vai dar né - se vestindo - sinto muito mas se for pra passar mais nervoso não vou te dar. Um pintinho de criança desses, e mole. Deixa essa coisa dura, porra! Vai, meu! Como você fez com as ouras? Eu aqui pensando que pelo menos ia passar bem no meio desse mato horroroso e você me apresenta uma pistolinha de borracha dessas? A, vá a merda!
Sidnéia se levantou e saiu andando. No começo, meio devagar, batendo as roupas, dando sinal de que estava muito brava com o tempo que o maníaco a fizera gastar. Já meio longe, saiu correndo chorando e rindo ao mesmo tempo.
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1 comment:
punheteiro de merda!
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